segunda-feira, 18 de maio de 2009

SOBRE A FELICIDADE

MORFINO: Você se diz um cara feliz, num mundo em que as pessoas parecem cada vez mais infelizes. Você não tem medo do olho gordo?
REIFF: Até tenho. Mas eu não seria infeliz só pra não sofrer a sua influência. Além do que eu acho que felicidade é uma coisa que passa. E acho que felicidade é uma coisa profundamente simples, apesar de ser uma coisa profundamente sofisticada.

MORFINO:Então qual é a fórmula da felicidade?
REIFF: Cada um tem a sua fórmula. Pra mim é fazer o que o meu coração manda. É ser verdadeiro consigo mesmo. O que é mal é que a gente raramente pára pra realmente se ouvir.

MORFINO: E você pára?
REIFF: Agora eu consigo perceber melhor os ciclos da vida. Continuar num ciclo que já passou traz uma enorme infelicidade. A felicidade é um estado natural das coisas.
Quando eu brigo menos com as coisas, elas brigam menos comigo. Sei lá. Tudo tem a sua razão de ser. Se a gente pensar com o coração, vai entender.

MORFINO: E o que é pensar com o coração?
REIFF: É deixar a intuição falar um pouco. E imaginar que tudo nos acontece por um bom propósito e na hora certa. Isso dá um relaxamento pra gente encarar com mais presença as coisas que acontecem. Eu procuro passar pouco tempo lamentando. Não foi, não era pra ser. Pronto.

MORFINO: Isso parece sabedoria popular.
REIFF: E é. Na sua simplicidade, o povo é sábio. Sabedoria não tem nada a ver com erudição. Tem a ver com o coração. E tem a ver com o que lá no fundo todos nós já sabemos. É por isso que eu gosto dos ditados populares. Eles nos lembram daquilo que nós já sabemos.

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