segunda-feira, 13 de julho de 2009

MINIMAL

MORFINO: Você disse que a sua arte está na busca da simplicidade. Você não corre o risco de ser superficial?
REIFF: Acho a simplicidade uma coisa paradoxalmente profunda. A simplicidade mexe com arquétipos. Diz muitas coisas nas entrellinhas. Coisas que, lá no fundo, a gente já sabe. Despir a arte de todos os ruídos desnecessários é o que me inspira. Até porque eu acho que isso muda a maneira de vermos a própria vida.

MORFINO: Como?
REIFF: Quando eu falo menos, dou espaço pro outro ouvir a sua própria voz, que, em última instância, é o que ele precisa ouvir. Quanto menos elementos eu dou, mais a imaginação do observador se encaixa. A função última da arte é fazer com que cada um ouça o próprio coração.