quinta-feira, 20 de março de 2014

MORFINO: Um dia desses você disse numa entrevista para a Folha de São Paulo que o maior viciado é o olhar. É uma frase de efeito?

REIFF: Pode ser. Acho que o olhar viciado é o pai de todos os vícios. 

MORFINO: Você diria que as drogas em geral...

REIFF: São uma fuga pra o olhar viciado, que mata o ser humano de tédio. 

MORFINO: E tem salvação?

REIFF: Sacar mais os outros, porque a gente areja o olhar...eu diria...Observar detalhes das coisas, que vão além da observação automática.

MORFINO: E é fácil exercitar isso?

REIFF: É mais fácil quando a gente erra. Quando a gente se desvia sem querer de um caminho pretendido. Nessa hora a gente esbarra com algo novo. Em vez de lastimar o erro, a gente pode treinar o olhar pra valorizar essas novas percepções. 

MORFINO: Então você sugere que as pessoas errem de propósito?

REIFF: Numa percepção mais fina das coisas, todos nós erramos de propósito. Ainda o nosso olhar viciado não nos permita ver isso.
O humor ajuda muito.

MORFINO: Vamos falar sobre isso no programa FALANDO DE HUMOR?

REIFF: É um ótimo assunto! 




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